Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cães e gatos podem ser infectados pelo mosquito Aedes aegypti?
- fevereiro 20, 2024
- 09:27
A Médica Veterinária, Liandra Dall’ Orsoletta, Coordenadora do NAPA, explicou como acontece a transmissão de doença grave para cães e gatos
Com o aumento de casos da dengue no Brasil, surge a dúvida sobre os riscos para cães e gatos. A Médica Veterinária, Liandra Dall’ Orsoletta, Coordenadora do NAPA (Núcleo de Atenção aos Pequenos Animais) de Chapecó/SC, que explicou como acontece a transmissão.
A equipe do ND Mais conversou com a médica e ela explicou que apesar de cachorros e gatos não serem atingidos pela dengue, o mosquito Aedes aegypti pode transmitir doença grave para os animais.
“Poderia acalmá-los ao dizer que não, eles não têm dengue, porém, preciso ser realista e contar que no caso de cães e gatos, pode ser ainda pior”, diz a Veterinária.
Segundo Liandra, os animais não têm dengue, mas o mesmo mosquito, Aedes aegypti que transmite a dengue em humanos, pode transmitir a dirofilariose em cães e gatos.
O que é dirofilariose/dirofilaria?
A doença parasitária, também conhecida como “verme do coração”, causada por dirofilaria, afeta a saúde e qualidade de vida dos animais. Quando o animal é picado pelo mosquito contaminado, pode ficar vários anos de forma assintomática.
Sintomas da doença em cães e gatos:
De acordo com Liandra, os sintomas estão associados a problemas do coração, fraqueza, cansaço, desmaio, convulsão e nos exames constará lesões cardíacas e pulmonares.
Os parasitas se alojam na artéria e tronco pulmonar do animal. Em casos graves, podem chegar ao coração e ocasionar a morte. A doença pode levar tempo para dar os primeiros sinais, por isso é importante prevenir.
A dica é vigiar os animais, principalmente, cães, e não os expor nos horários de atividade do vetor que é fim da tarde e noite. Além disso, limpar quintais, terrenos, recolher folhas e galhos, eliminar fontes de umidade e dar destino adequado ao lixo.
Entre as dicas da veterinária, está a utilização de coleiras com repelente ou produtos que podem ser utilizados no dorso. Precisam ser produtos específicos, segundo a médica, que de fato eliminam o mosquito e reduzem a prevalência do Aedes aegypt.
“Quando a gente se preocupa com a dengue em humanos, o controle do mosquito também vai prevenir a transmissão de doenças nos animais, que seriam a dirofilariose e a leishmaniose. Ambas são doenças bem sérias, que podem levar ao óbito”, diz Liandra.
A veterinária deixa claro que não é o animal, o cão ou gato doente, que em contato com a pessoa transmitirá, pois precisa do intermediário, que é o mosquito.
Fonte ND+