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BC inicia reunião que deve sinalizar a primeira redução da taxa básica de juros desde 2020

Os diretores do BC (Banco Central) se reúnem nesta terça-feira (20) para definir o futuro da política monetária nacional. Com a taxa básica de juros em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, todas as expectativas são de que o encontro vai terminar com a primeira sinalização de corte da Selic.

 

Conforme as previsões, a taxa Selic ainda seguirá inalterada, mas o comunicado emitido após o encontro indicará uma leve queda dos juros no mês de agosto. Há uma semana, a aposta era de que o corte só ocorreria em setembro.

 

O último recuo da Selic ocorreu em agosto de 2020, quando a taxa passou de 2,25% ao ano para 2% ao ano, o menor patamar da história. O nível persistiu até março de 2021, quando a alta da inflação resultou em 12 altas consecutivas dos juros básicos até o atual patamar, o maior nível dos últimos seis anos.

 

Após a primeira baixa, os analistas preveem que haverá novos recuos nos meses de setembro (0,25 p.p.), novembro (0,5 p.p.) e dezembro (0,5 p.p.), movimento que, se confirmado, levará a Selic para 12,25% ao ano na entrada de 2024.

 

A reunião

Nesta terça, o presidente do BC, Roberto Oliveira Campos, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.

 

A fala de Tebet foi acompanhada pelos analistas do mercado financeiro. De acordo com o Relatório Focus, a expectativa é de que o primeiro corte dos juros, de 0,25 ponto percentual, ocorra em agosto.

 

As perspectivas de queda levam em conta o recente arrefecimento da inflação, que subiu em ritmo menor nos últimos três meses, e o avanço no Congresso Nacional da tramitação das novas regras fiscais apresentadas pelo governo.

 

Selic

A taxa básica é a mais baixa da economia e funciona como piso para os demais juros cobrados no mercado. Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

 

Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo a empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram em contratos de crédito são sempre superiores à Selic.

 

A taxa básica também é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.

 

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

 

Fonte: Correio do Povo

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