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Desemprego sobe pelo terceiro mês seguido e atinge 8,6 milhões de brasileiros
- maio 17, 2024
- 11:34
A taxa de desemprego no Brasil subiu pelo terceiro mês seguido e chegou a 7,9% no 1º trimestre de 2024, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao 4º trimestre de 2023. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa mostra que 8,6 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho.
Segundo o estudo, o desemprego aumentou em oito das 27 unidades da federação, ficando estável em 18 e caindo em apenas uma, em comparação ao trimestre anterior. As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%), e as menores, de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).
Entre os estados que apresentaram alta no índice estão: Acre (8,9%), Maranhão (8,4%), Mato Grosso do Sul (5%), Minas Gerais (6,3%), Rio Grande do Sul (5,8%) e São Paulo (7,4%). Apesar de estar entre os maiores com número de desempregados, o Amapá foi o único estado que registrou queda, de 3,3 pontos percentuais.
A massa de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 73,9%, informou a pesquisa, com 37,9 milhões de trabalhadores. Os maiores percentuais deste índice estavam em Santa Catarina (87,2%), Paraná (81,8%) e São Paulo (81,4%) e os menores, no Piauí (49,4%) Maranhão (52,0%) e Ceará (54,9%).
Em comparação ao 1º trimestre do ano passado, nenhum estado registrou um aumento significativo, informou o IBGE. “Isso mostra que na comparação de curto prazo, há influência dos padrões sazonais. Mas a trajetória de queda anual, que já vem sendo observadas em outros trimestres, se manteve”, explica a Coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
Salário médio do brasileiro
Os brasileiros empregados recebem, em média, R$ 3.123 — com um crescimento em relação ao 4º trimestre de 2023 (R$ 3.077) e ao 1º trimestre de 2023 (R$ 3.004). Apenas os funcionários do transporte, armazenagem e correio, serviços domésticos e outros serviços tiveram reajuste de aproximadamente R$ 122, R$ 25 e R$ 158, respectivamente.
A massa de rendimento real habitual totalizou R$ 308,3 bilhões em março de 2024, um crescimento de 0,7% em relação ao último trimestre de 2023.
Queda na comparação anual
Em comparação ao mesmo período de 2023, quando 9,4 milhões de brasileiros estavam desempregados, o país registrou uma queda de 8,6% na taxa de desocupação no 1º trimestre deste ano. No ano, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado também apresentou um resultado positivo, com um crescimento de 3,5%.
O IBGE ainda informou que houve uma redução no número de pessoas que procuram por trabalho durante 2 anos ou mais, caindo 14,5% em relação ao último trimestre de 2023, quando 2,2 milhões de brasileiros buscavam por emprego.
Fonte: R7