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Mortes na Líbia sobem para 11,3 mil
- setembro 14, 2023
- 16:41
Crescente Vermelho estima que outras 10 mil pessoas estejam desaparecidas apenas em Derna, a cidade mais atingida.
O número de mortos pelas enchentes na Líbia chegou a 11,3 mil, disseram as autoridades locais nesta quinta-feira (14). O alto volume de chuvas e o rompimento de duas barragens contribuíram para que o cenário fosse agravado, principalmente na cidade de Derna.
Marie el-Drese, secretária-geral do grupo de ajuda Crescente Vermelho Líbia, disse à Associated Press que mais 10,1 mil pessoas estão desaparecidas em Derna.
As informações divulgadas pelo governo e órgãos líbios podem não ser precisas porque, desde 2011, o país está politicamente dividido entre leste e oeste. Por conta disso, os serviços públicos entraram em colapso. O governo internacionalmente reconhecido em Trípoli não controla as áreas orientais, o que dificulta a obtenção de dados na região (leia mais abaixo).
Conflito na Líbia
Em 2011, a Líbia foi dividida entre governos rivais após a queda de Muammar Kadhafi. A administração reconhecida pela ONU está baseada em Trípoli. No entanto, essa gestão não tem controle sobre o leste do país, que foi mais afetado pela tempestade.
Atualmente, a Líbia tem dois primeiros-ministros: Abdul Hamid Dbeibah fica em Trípoli e comanda a faixa oeste; já Ossama Hamad governa o lado leste da cidade de Benghazi.
Ambos os governos possuem apoios de países diferentes. Enquanto Trípoli tem o apoio da Turquia, Catar e Itália, o governo de Benghazi é respaldado por Egito, Rússia e Emirados Árabes.
Mesmo diante da pressão internacional, o país enfrenta dificuldades em ser unificado. Em 2021, uma eleição chegou a ser marcada, mas acabou adiada.
Diante da disputa, conflitos violentos entre grupos rivais já mataram dezenas de pessoas. Em agosto, por exemplo, um confronto entre grupos armados deixou 45 mortos em Trípoli.
A Líbia também possui grandes reservas de petróleo. No entanto, a riqueza reflete muito pouco no dia a dia da população.
A divisão do país e a tempestade provocou o colapso de serviços públicos.
Fonte G1